Dicas Fitness


Emagrecimento vai além da preocupação com a beleza, alerta especialista

Postado em: 26/08/2024 | Por: Emerson Alves

A obesidade é uma questão de saúde pública, e a busca por emagrecimento deve focar mais na saúde do que na estética, afirma a endocrinologista Michele Borba.

A obesidade vem se tornando um problema crescente em todo o mundo, e o Distrito Federal não está imune a essa tendência preocupante. De acordo com a médica endocrinologista Michele Borba, 60% dos moradores da capital estão com sobrepeso ou obesidade. Durante o programa CB.Saúde, uma parceria entre o Correio e a TV Brasília, a especialista destacou a necessidade de tratar a obesidade como uma doença séria, e não apenas como uma questão de estética.

Leia também: Por que emagrecer é tão difícil? Especialista explica os principais obstáculos.

Obesidade: uma questão de saúde pública

Michele Borba alerta que, até 2030, metade da população brasileira pode estar enfrentando problemas de sobrepeso e obesidade. “Isso é um problema de saúde pública. Nossa população está ganhando peso e precisamos pensar em soluções proativas”, afirmou. A médica destacou que a educação em saúde é crucial para mudar a percepção das pessoas sobre a obesidade, incentivando-as a ver essa condição como uma doença grave, e não apenas uma questão estética.

“A grande preocupação de quem busca emagrecer é perder peso para se encaixar no padrão de beleza imposto pela sociedade. Mas, na verdade, estamos falando de algo muito maior, de uma doença que leva à hipertensão, à diabetes, a dificuldades para dormir, a alterações intestinais e até a eventos graves, como infarto ou Acidente Vascular Cerebral (AVC)”, alertou a especialista.

Alimentação: o pilar do processo de perda de peso

Para tratar a obesidade, Michele Borba destacou que a alimentação é responsável por 80% do processo de perda de peso. Ela prefere falar em “alimentação” ao invés de “dieta”, enfatizando a importância de escolhas alimentares que não gerem ansiedade ou promovam comportamentos alimentares compulsivos.

“Não existe a dieta perfeita, e eu prefiro nem falar de dieta; gosto de falar de alimentação. Então, se o paciente tem que decidir, prefiro que ele opte por algo que não gere ansiedade e não promova gatilhos para uma alimentação mais compulsiva”, explicou.

A necessidade de uma abordagem mais ampla

A médica concluiu ressaltando que o emagrecimento deve ser visto como uma questão de saúde integral, e não apenas como um meio de atender aos padrões de beleza. Mudanças de hábito, alimentação saudável, e um entendimento claro dos riscos associados ao sobrepeso e à obesidade são essenciais para uma vida mais saudável e equilibrada.